quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

"Amo-te"

Tão fácil de se dizer e ao mesmo tempo tão fácil de não so querer dizer. Como?

A primeira vez que a ouvi (ou vi, escrita...) terá sido lá por alturas dos meus tenrinhos 13/14 anos(?), digo eu. Na altura pensei: "ai é? tão pronto, tá tudo" e segui sem ligar muito. Com o passar dos anos fui ouvindo mais do mesmo (não assim tantas vezes como podem pensar) e o sentimento era sempre o mesmo. Ouvia, entrava pelo ouvido e saía novamente sem deixar marca. O tempo foi passando e comecei a pensar: "mas será que nunca vou saber o que realmente quer dizer esta palavra?". É então que te conheço. Primeiro num simples olhar. Vejo-te e não te vejo. Só mais uma pessoa, como tantas outras. O tempo passa e tomas-me de assalto. Espera, não estou preparado. Não sei o que quero e o que quero não existe. É então que o dizes. Eu, sem saber o que dizer, nada digo. Penso nisso. Mas não tenho a certeza. Será? Aparece então o que eu quero e torno-me diferente. O que se passa comigo? Comi alguma coisa que me fez mal? Parece que tenho qualquer coisa a voar aqui dentro e que me quer tirar o coração! Conheci-te então! É assim que tu apareces? É isto que se sente? Parece giro. Giro é pouco, fantástico! Não sei se chega...tou a sonhar? É que parece um sonho! Não quero acordar. Deixa-me sonhar só mais um bocado. Que se passa agora? Já não ouço. Será que já passou? Mas eu ainda estou a voar...porque não voas também comigo? Ora bolas, parece que o medo de o dizer, se tornou a vontade e força de o esquecer. E eu aqui a senti-lo ainda, como alguém que perdeu a visão e só se guia pelo que sente, cheira e ouve. Usei todos os sentidos. Mas acabou!

2 comentários:

Unknown disse...

:o tb tive uma coisa dessas, uma vez. Depois curei-me, hoje serve-me de lição. É sempre bom passar por isso, quanto mais não seja para aprender na pele que a pressa de querer sentir pode nem sempre andar de mãos dadas com as coisas boas da vida. Abraço

Rafa disse...

Acho que aprendi bem demais. E agora tou a pagar por isso...eu e não só. É esse o maior problema... Mas há que respeitar o tempo!

:)